"Tenho quarenta janelas
nas paredes do meu quarto.
Sem vidros nem bambinelas
posso ver através delas
o mundo em que me reparto.
Por uma entra a luz do Sol,
por outra a luz do luar,
por outra a luz das estrelas
que andam no céu a rolar.
Por esta entra a Via Láctea
como um vapor de algodão,
por aquela a luz dos homens,
pela outra a escuridão.
Pela maior entra o espanto,
pela menor a certeza,
pela da frente a beleza,
que inunda de canto a canto.
Pela quadrada entra a esperança
de quatro lados iguais,
quartro arestas, quatro vértices,
quatro pontos cardeais.
Pela redonda entra o sonho,
que as vigias são redondas,
e o sonho afaga e embala
à semelhança das ondas.
Por além entra a tristeza,
por aquela entra a saudade,
e o desejo, e a humildade,
e o silêncio, e a surpresa,
e o amor dos homens, e o tédio,
e o medo, e a melancolia,
e essa fome sem remédio
a que se chama poesia,
e a inocência, e a bondade,
e a dor própria, e a dor alheia,
e a paixão que se incendeia,
e a viuvez, e a piedade,
e o grande pássaro branco,
e o grande pássaro negro
que se olham obliquamente,
arrepiados de medo,
todos os risos e choros,
todas as fomes e sedes,
tudo alonga a sua sombra
nas minhas quatro paredes.
Oh janelas do meu quarto,
quem vos pudesse rasgar!
Com tanta janela aberta
falta-me a luz e o ar."
Parece mentira como um fim-de-semana pode passar tão rápido e deixar tantas saudades quando acabou à tão pouco tempo. A única explicação que tenho para isso é a certeza de que quando se está com pessoas que adoramos tudo parece passar a correr.
Começou logo na sexta-feira com um jantar tardio em casa de umas amigas. Aqui, fiquei a saber que é possível fazer salada de tomate, cortar couve-roxa, meter água na máquina, fazer cafés, por a mesa, tirar pratos de estantes altas, ir à casa de banho, sempre com a mão no bolso de outra pessoa eheheheheheh. Depois do jantar conhecemos Lisboa e umas quantas tuas que até agora metade ainda não sabemos uto bem onde ficam mas adorámos aquela volta rsr, depois do carro estacionado, lá fomos até à praça do comércio. Estava cheia, pessoas bem dispostas, caras bonitas e simpáticas, tudo maravilhoso. Por voltas das duas da manhã dicidimos ir até ao Maria Lisboa, (a subida da rua dos correeiros foi fantástica, incluindo as paragens obrigatórias )
O ambiente no Maria estava espectacular e foi dançar até às cinco da manhã. Não conhecia o espaço mas ficamos fãns, da próxima vez vamos outra vez, sim? Sim!
No domingo foi pegar das coisas e fazer um piquenique no parque de Monsanto (a salada russa estava muito boa, pena as ervilhas, que foram largamente compessadas pela tarte de requeijão) espaço que merecia mais diculgação, principalmente aquele cantinho das actividades radicais, onde se passou uma tarde bastante animada. Depois foi tempo de dizer até logo, até à próxima, até daqui a 15 dias.
Adorei.Adorei. Adorei.